Inseminação Intrauterina
Para definirmos o melhor tratamento é importante uma avaliação completa do casal para saber se devemos começar por algo mais simples ou se seria indicado ir direto para a alta complexidade. Isso se justifica, pois, qualquer tratamento, por mais simples que seja, envolve desgaste emocional e frustração se o resultado for negativo.Assim, é necessária uma pesquisa mínima da fertilidade antes da indicação de um determinado tratamento para que não se insista em uma opção com baixa chance de sucesso.
A inseminação intrauterina é a introdução no interior do útero de sêmen preparado no laboratório, com objetivo de se obter gestação. A estimulação ovariana é uma etapa importante para o sucesso do tratamento. Tem o objetivo de estimular mais de um folículo, dois ou três no máximo, para que se aumente a taxa de um resultado positivo.
Neste tratamento, a fertilização do óvulo pelo espermatozoide ocorre no próprio organismo e não necessita de uma estrutura de laboratório complexa nem ambiente cirúrgico para sua realização. Além disso, utilizam protocolos simples e de baixo risco para estimulação ovariana.
Os principais requisitos que determinam a possibilidade de tratamento de baixa complexidade são:
- Permeabilidade tubária (comprovada por histerossalpingografia);
- Espermograma com processamento seminal com mais de cinco milhões de espermatozoides móveis.
Quanto à taxa de sucesso da inseminação intrauterina, ela está muito relacionada com a causa da infertilidade, mas é inferior à das técnicas de fertilização in vitro.Na inseminação intrauterina em pacientes abaixo de 30 anos, a taxa de gravidez é de 15% a 20%, mas acima de 37 anos cai para 6,2%.
Nos casos em que o casal não engravida após seis meses de tratamento, outras técnicas de reprodução assistida devem ser consideradas, sempre individualizando o caso, levando-se em consideração a idade da paciente, um dos principais fatores prognósticos de sucesso dos tratamentos, o tempo de infertilidade e a causa.